Falta de acordo entre governo e professores pode levar movimento até à COP 30, desgaste desnecessário

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Até quando vai o “inferno zodiacal” que se transformou a vida do governador Helder, após a aprovação do projeto de lei 10.820 que mexe na carga horária do magistério e reduz o salário dos professores. Além da forma truculenta usada para dispersar os professores da frente da Alepa, com bala de borracha e gás lacrimogêneo, Helder foi chamado de “traidor”.

Ocupação

Para dar mais força ao movimento de Belém, na última terça-feira (14), mais de 150 indígenas do Baixo Tapajós, e de diversas regiões do Pará, ocupam de forma pacífica a Secretaria de Educação (SEDUC) em Belém.

Revogação

Os manifestantes pedem a revogação da Lei, aprovada em dezembro de 2024 que, entre outras alterações, substitui as aulas presenciais pelo ensino online em áreas distantes de centros urbanos, a exemplo de comunidades do campo, tradicionais e quilombolas e terras indígenas, que historicamente sofrem com o fornecimento irregular ou ausência de energia e internet.

Criminalização

Até agora não houve um acordo que contemple os professores e a Seduc. O movimento só desocupa o prédio da Secretaria se a Lei for revogada, outra reclamação comum é a criminalização dada ao movimento, com corte de energia, água, internet e a proibição da presença da imprensa. Ocupação pacífica não é crime.

Fichinha

A Nicolau Maquiavel, atribuiu-se a frase “Faça o mal de uma só vez e o bem aos poucos”, no caso do impasse em Belém, não se avaliou o poder de organização do sindicato dos professores e dos partidos de esquerda que apoiam os trabalhadores, onde ocupação da Seduc “é fichinha”, e pode arrastar o movimento por meses.

Desgaste Desnecessário

Se o governador não entrar nas negociações para a desocupação da Seduc, de forma desnecessária vai arrastar o movimento até às vésperas da COP 30, com desgaste político nacional e internacional, com índio protestando na vitrine.

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