A implementação de políticas públicas preventivas podem erradicar o escalpelamento no Pará

Imagem: Reprodução

Recentemente o embate político sobre “peruca” trouxe um tema bastante delicado no que diz respeito à questão do escalpelamento nos transportes ribeirinhos na Amazônia, que acentuou a temperatura do debate político e retomou a discussão sobre este tipo de acidente.

Escalpelamento

Levantamentos feitos pela Fapespa (Fundação Amazônia de Amparo e Pesquisa), o vai e vem rotineiro das embarcações pelos rios da Amazônia, carrega uma luta de décadas contra um dos acontecimentos mais violentos e trágicos da região: o escalpelamento.

Mulheres

No acidente, que atinge principalmente mulheres ribeirinhas de cabelos longos, o couro cabeludo é abruptamente arrancado em contato com o eixo em alta rotação do motor de pequenas embarcações. Poucos segundos bastam para uma vida ser tomada por sequelas físicas e danos psicológicos.

Cobertura do Eixo

De acordo com o estudo da Fapespa, entre 2009 a 2022, a Marinha implantou 5.339 eixos de cobertura de embarcações. A instalação da cobertura do eixo nas pequenas embarcações é um procedimento crucial pela sua eficácia na erradicação dos acidentes com escalpelamento.

Mulheres marajoaras são as principais vítimas

O estudo da Fadespa traçou o perfil das vítimas de escalpelamento no Pará. A pesquisa revelou que, no Pará, a maioria dos casos nos últimos 50 anos, vem do Marajó. As mulheres correspondem a 98% das vítimas, sendo que 67% delas são crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos de idade.

Considerando o ranking por municípios, a primeira posição é ocupada por:

MunicípioCasosMulheresHomens
Portel24 
Breves22 
Curralinho16151
Cametá15141
Melgaço12111
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